
Em um dos momentos mais desafiadores para a saúde suplementar no Brasil, os reajustes dos planos ganham as manchetes. Na procura por um caminho para manter um benefício com qualidade e economicamente viável, as empresas buscam por soluções criativas no mercado para driblar o problema e economizar. Com isso, encontram nas corretoras um suporte valioso para auxiliar nas negociações com as operadoras, atuando de forma dinâmica com a análise e apresentação de dados que retratam com exatidão a realidade de cada companhia.
Atualmente, os planos empresariais têm uma fatia de 80% do mercado no Brasil. Assim como ocorre com os planos coletivos por adesão, esses contratos possuem uma negociação própria, sem a necessidade de parar no teto estabelecido anualmente pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), como acontece com os planos individuais e familiares.
Isso porque outros critérios técnicos são utilizados para fechar a conta durante os acordos entre as empresas e as operadoras dos planos de saúde. Por conta dessas particularidades, porém, frequentemente surgem notícias sobre batalhas judiciais por conta de aumentos que chegam perto da casa dos 60% nos contratos coletivos por adesão.
Para evitar problemas semelhantes, as empresas necessitam do suporte de uma corretora diferenciada, que atue para oferecer uma solução capaz de conseguir acordos realmente favoráveis durante as negociações dos reajustes dos planos.
Reajustes dos planos e os números
Os números ajudam a entender melhor o contexto. O mercado dos planos de saúde amargou um prejuízo anual de R$ 11,5 bilhões, com 2022 entrando para a história como o pior ano do setor, de acordo com dados da série elaborada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) desde 2001. Em duas décadas, os números apurados geraram o maior prejuízo operacional acumulado em 12 meses.
Ao divulgar os dados econômico-financeiros referentes ao quarto trimestre do ano anterior, a ANS considerou que as contas fecharam praticamente no “zero a zero”, já que o lucro líquido ficou em 0,001%. Só para ter uma ideia, isso significa dizer que a cada R$1.000 de receita as empresas tiveram um lucro de R$ 0,01.
Sinistralidade
No embate entre os números, surge no caminho um dilema. Isso porque a piora nos resultados dos planos de saúde aparece exatamente quando as companhias registram um crescimento de 3,4 milhões de beneficiários. Aumento este, aliás, que faz parte de um movimento de alta constante desde 2019.
Esse paradoxo é explicado pela queda significativa do valor do ticket médio dos planos. Muitas empresas optaram por um downgrade, substituindo os contratos por outros mais baratos para evitar, assim, cortar o benefício.
Termo muito conhecido pelas equipes de Recursos Humanos que lidam com benefícios, a sinistralidade está diretamente relacionada com a pressão nos custos e, consequentemente, nos reajustes dos planos praticados nos contratos empresariais.
O índice, que leva em consideração o número de procedimentos realizados pelos usuários e os valores arrecadados pelas seguradoras, saltou para 89,21% em 2022, alta de 2,1 pontos percentuais na comparação com 2021. Em casos mais críticos, algumas operadoras até mesmo apresentaram taxa acima dos 100%.
Essa “sopa de números” promove a seguinte realidade: a pressão provocada pelo aumento dos gastos com a saúde reflete diretamente no reajuste dos planos empresariais. Em resumo: o custo é repassado para o consumidor final.
Novo protagonista
Mas então qual o caminho? De um lado, as operadoras de planos de saúde buscam soluções para reduzir custos e manter a viabilidade do produto, com a luta no combate às fraudes e, até mesmo, a criação de planos mais enxutos.
Por outro lado, o mercado surge com soluções diferenciadas para seguir viabilizando o benefício para as empresas, com qualidade e custos menores.
Nesse contexto, a figura do corretor de seguros assume o protagonismo. Antes considerado um personagem secundário, agora consegue assumir um papel de destaque.
Isso porque, em um mundo onde os dados conquistam cada vez mais relevância, esse profissional tem à disposição as informações técnicas segmentadas capazes de auxiliar nas negociações entre as empresas e as seguradoras.
Ao entender de forma detalhada a saúde de uma companhia, a corretora facilita o diálogo entre as partes, na busca do melhor caminho. Quer um exemplo? Durante as negociações para o reajuste, o plano de saúde usa como base a sinistralidade de 89,21%. Agora, imagine se a empresa está abaixo dessa média, registrando um índice bem inferior ao geral?
Outros dados também contribuem nessa missão, como a lista dos principais procedimentos utilizados pelos usuários e as informações sobre os atendimentos no pronto-socorro, por exemplo.
Aliás, a utilização da telemedicina em situações apropriadas contribui de forma significativa na redução de custos, garantindo o atendimento eficiente e, também, evitando a exposição a patógenos. Estudos demonstram que 70% dos atendimentos no PS não necessitam passar por um serviço de urgência.
Números do mercado demonstram a eficácia desse novo conceito. Ao trabalhar com uma metodologia ativa, a Pipo Saúde obteve uma média de 13,2% menor sinistralidade que o mercado, o que gerou 21% de economia média histórica nos reajustes.
Em conjunto outras ações adotadas pela corretora, a análise dos dados da empresa promove a previsibilidade dos valores dos reajustes, permitindo tanto a adoção de medidas para reduzir os custos quanto auxiliando nas negociações com as operadoras.
No caso dos planos empresariais, esse é um caminho prático para encontrar o equilíbrio necessário nesse cenário desafiador com os reajustes dos planos. Com isso, é possível manter para os colaboradores um benefício saudável, com o atendimento apropriado e os custos reduzidos.