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Oportunidades para companhias utilizarem metodologia implantada por resolução da CVM

Resolução da Comissão de Valores Mobiliários introduz relatórios de risco ESG para empresas listadas
Estadão Blue Studio Express
Conteúdo de responsabilidade do anunciante 17 de novembro de 2023
Fabrício Debortoli/Editora Global Partners

Por Fabrício Debortoli – Conselheiro de Administração da USIMINAS e Diretor de Finanças e ESG da Cinpal S.A.

Manter uma atuação estratégica, eficaz e eficiente de Ambiental, Social e Governança (ESG) – sustentabilidade ambiental, social e governança, em português –, é uma prática cada vez mais aplicada pelo mercado. Afinal, a responsabilidade está interligada diretamente com os resultados de uma companhia, independentemente de ter ações listadas na B3 ou não.

Em outubro de 2023, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou a resolução 193, estabelecendo regras sobre a divulgação das empresas com relação às informações relacionadas com sustentabilidade.

A determinação tem como base a recomendação da Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários, que por sua vez indica a adoção do padrão emitido pelo International Sustainability Standards Board (ISSB).

Nas linhas gerais, as companhias abertas com ações negociadas na Bolsa de Valores precisam elaborar e divulgar um relatório de informações financeiras sobre sustentabilidade. A medida será voluntária em 2024, mas tem caráter obrigatório a partir de 2026.

A partir do próximo ano, os fundos de investimentos e securitizadoras também terão o documento à disposição, mas em caráter voluntário.

De acordo com a resolução, o objetivo da iniciativa é “dar visibilidade e previsibilidade aos agentes de mercado em relação aos atos normativos expedidos que aumentam a exigência regulatória”.

Em resumo: a iniciativa traz transparência para as ações adotadas Companhia de capital Aberto ou fechado sobre ESG. Dessa forma, também fica mais fácil fazer análises de riscos e comparações entre as companhias, auxiliando na tomada de decisão dos investidores, acionistas, fornecedores, clientes e demais stakeholders.

ESG e a importância para as empresas

Para as empresas, a adoção de boas práticas de ESG representa muito mais do que um dever social. Com o entendimento global sobre a importância de ações éticas e responsáveis com a sociedade e o meio ambiente, surgiu até as mesmas regulamentações para disciplinar o tema.

Aos poucos, as companhias deram início à criação e implantação de estratégias efetivas relacionadas com ESG, com a busca de resultados concretos e eficazes para reduzir os impactos das atividades realizadas.

Muito mais do que preservar o meio ambiente, as iniciativas de ESG também estão interligadas com princípios éticos e morais e com o compliance no ambiente corporativo.

Com um trabalho correto e responsável, as companhias atraem os olhares dos investidores, acionistas, fornecedores e clientes em busca por informações claras e fidedignas, facilitando a conquista de capital para um desenvolvimento contínuo e sustentável.

Em Companhias de capital fechado o grande ponto positivo é a construção de uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes de mercado. Vale lembrar que os clientes estão cada dia mais engajados com empresas que realmente demonstram um trabalho eficaz de ESG.

Diferenciais para o ambiente corporativo

O mesmo comportamento ocorre com a retenção de talentos. Atualmente, muitos profissionais buscam mais do que uma boa remuneração, preferindo trabalhar em empresas que realmente estão alinhadas com seus princípios.

Nesse escopo, adote boas práticas ESG também responde para construir um ambiente de trabalho agradável e, consequentemente, mais eficiente e produtivo.

Nesse processo, também é possível destacar a relevância na identificação e eliminação de possíveis riscos para a atividade da companhia e, também, para o meio ambiente.

Quando um planejamento estratégico ESG ocorre, os problemas são evitados, contribuindo com a redução de gastos e beneficiando na construção de uma imagem positiva sobre a empresa.

Vale destacar que, em determinadas situações, a adoção de ações ESG está ligada também à conquista ou manutenção de determinadas licenças para a continuidade do trabalho, facilitando também a ampliação das atividades de uma companhia.

Exemplos de ações responsáveis

Atualmente, muitas empresas brasileiras trabalham na elaboração de uma agenda ESG capaz de produzir resultados realmente significativos. Nesse contexto, é possível listar alguns benefícios.

Por exemplo, a ampliação da segurança na companhia e, consequentemente, a redução no número de acidentes de trabalho. Ainda no trabalho direcionado às pessoas, é a promoção da igualdade e da inclusão, respeitando também a diversidade.

Nesse contexto, estão também as ações de treinamento e aprimoramento profissional e pessoal dos colaboradores. Em conjunto com isso, o bom relacionamento com fornecedores, parceiros, governantes e comunidade.

Não podemos deixar de lado a importância da gestão de resíduos e da redução da emissão de carbono para uma boa gestão ESG.

Nesse conjunto de ações, torna-se importante também estabelecer regras e métricas para mensurar a eficiência de cada uma das iniciativas. Isso, claro, facilitará a construção de relatórios e, claro, promoverá a transparência para os investidores.

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