Com o processo de transformação do mercado corporativo a pleno vapor, os perfis de liderança precisam se moldar para atender as demandas e desafios que surgem a cada dia.
Em conjunto com as novas tecnologias, a menor liquidez do mercado financeiro fez com que as companhias deixassem de lado o crescimento a qualquer custo, direcionando os olhares para a rentabilidade.
Este cenário, claro, exige um perfil diferenciado dos profissionais, assim como do modelo de gestão dos colaboradores, alinhado com as necessidades atuais das empresas.
Dessa forma, os departamentos de recursos humanos precisam mapear as necessidades e ajustar os perfis de liderança, alavancando para essas posições profissionais capacitados para esse novo momento empresarial.
Novos perfis de liderança
É inegável a interferência das novas tecnologias no mercado de trabalho. Inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (Iot), Software como Serviço (SaaS), entre outras inovações, já compõem o conjunto de soluções capazes de automatizar diversas tarefas, trazendo agilidade e maior assertividade para um mundo onde os dados se transformaram em um ativo valioso.
Com isso, determinadas tarefas deixaram de existir, assim como novas surgiram. Atualmente, os colaboradores estão mais livres para desempenharem atividades com características mais estratégicas, onde determinadas habilidades humanas fazem grande diferença nos resultados.
Toda essa engrenagem, claro, tem grande ligação com os gestores e líderes de equipes. Afinal, são eles que promovem os direcionamentos necessários para que as equipes consigam desempenham as tarefas necessárias em um mercado competitivo e novo.
Aqui, surge a pergunta: será que estamos nos preparando os novos perfis de liderança? Para responder essa dúvida, é indispensável conhecer as habilidades exigidas atualmente.
“Ao longo destes últimos anos, percebemos que os aspectos técnicos e comportamentais desejados para a alta liderança das organizações mudaram”, explica Bruno Coutinho, sócio da Acelera RH.
Segundo o especialista, casos recentes – como a pandemia –, demonstraram a vulnerabilidade das empresas para lidar com situações pouco previsíveis. Por conta disso, as companhias hoje necessitam de lideranças que apresentam determinadas qualidades para este “mundo BANI” (Fragilidade, Ansiedade, Não linearidade e a Incompreensibilidade do ambiente).
“As organizações estão buscando lideranças ágeis e flexíveis, que tiveram sucesso em companhias diversas, preferencialmente em mais de um setor, que mostram capacidade de adaptação, interesse e entendimento macroeconômico”.
Tecnologia em conjunto com outras habilidades
Outro ponto importante para os novos perfis de liderança é a relação do profissional com a inovação. Nos últimos anos, a tecnologia avançou de forma significativa, com novas soluções e finalidades que mudaram o comportamento das empresas.
Esse novo mundo corporativo não exige de todos os gestores um conhecimento técnico absoluto. Afinal, existem profissionais qualificados para isso.
Entretanto, é importante conhecer e interagir com as soluções, principalmente para ter uma boa interação com os colaboradores das novas gerações.
“Os novos líderes não precisaram ser tech savvy, mas certamente, profissionais curiosos, dispostos a aprender e interagir com todas as gerações, principalmente a Z e Alfa, atualizando-se com as novas tendências e trazendo essas novidades para a prática do dia a dia da empresa, gerando eficiência, redução de custos e satisfação do cliente”, destaca.
Por outro lado, algumas habilidades e conhecimentos básicos não podem ser descartados. Muito pelo contrário, exigem cada vez mais o aprimoramento para os líderes.
Nesse sentido, a boa comunicação é uma competência que cada vez mais diferenciará os bons gestores das máquinas. “Os líderes serão cobrados cada vez mais por suas capacidades de trazer novas abordagens de negócios e na gestão. Cada vez mais é necessário a habilidade de interagir com a diretoria executiva e investidores, com a mesma destreza dos liderados, trazendo tendências de mercado, solicitação dos clientes e melhorias processuais”, explica Coutinho.
No mesmo caminho, o planejamento estratégico também faz parte do desenvolvimento dos novos perfis de liderança, exigindo assim um conhecimento aprimorado para a realização de ações imediatas, mas mantendo o foco no futuro.
“As empresas vão precisar ter planejamentos de longo prazo, mas sem esquecer do curto. Ou melhor, entregando o de agora e ajustando o futuro, calculando riscos e tomando decisões pensando em todos os cenários”, destaca o sócio da Acelera RH.
Importância para o RH
Em meio a todo esse processo de evolução, é necessário que os departamentos profissionais deixem de lado determinadas práticas antigas e, com isso, consigam identificar e selecionar colaboradores que se encaixem nesta nova realidade. Assim como coloquem em prática programas de aprimoramento para o desenvolvimento destes novos perfis de liderança.
“Talvez, tudo isso já esteja claro para o C-Level, para alguns líderes, mas será que este novo perfil de liderança está claro para o RH da sua empresa? Será que os líderes de agora, estão preparados para realizar entrevistas e contratar profissionais com estas habilidades? Será que os “chefes” estão dando espaço para sua equipe desenvolver estes skills? Esta transição já começou, mas interagindo com amigos, clientes e candidatos, vejo que ainda estamos distantes desta conscientização e prática no dia a dia”.
Por conta dessa necessidade do mercado, muitas vezes é indicado contar com o suporte de um parceiro especializado, que consiga suprir essa lacuna, auxiliando em todo esse processo.
“O propósito da Acelera RH não é apenas indicar profissionais, mas sim ajudar as organizações a prosperarem por meio de pessoas. Com isso, envolve toda uma jornada de atualização e conhecimento de mercado para ajudar os nossos clientes”, finaliza Coutinho.