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Qual a importância e os reflexos das decisões da IMO para o Brasil?

Os Países precisam acompanhar de perto das tratativas na IMO sobre assuntos relacionados ao Transporte Marítimo Mundial.
Estadão Blue Studio Express
Conteúdo de responsabilidade do anunciante 8 de abril de 2024

Foto de mali maeder no Pexels

Do inglês International Maritime Organization, a IMO é uma das agências integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Suas resoluções implicam em decisões que são cumpridas por todos os países que integram à IMO. Dessa forma, tem ligação direta com assuntos que envolvem diferentes temas relacionados com a Economia do Mar.

Entre eles, as questões ambientais surgem com grande destaque. Água de lastro, poluição e sustentabilidade para os oceanos e os navios são alguns exemplos de assuntos tratados com prioridade pela organização.

Até mesmo por pertencer à IMO, o Brasil tem grande interesse em entender melhor as determinações e, claro, buscar caminhos viáveis para que os reflexos sejam positivos para o desenvolvimento do setor no País.

IMO e a sustentabilidade

Em recente acordo firmado em Paris, os países que fazem parte da IMO concordaram em trabalhar para a descarbonização do setor até 2050.

Seguindo como base as emissões registradas em 2008, o setor precisará cumprir algumas metas intermediárias, com 40% de redução até 2030 e chegando de 70% a 80% até 2040.

Caso esses marcos não sejam cumpridos, a IMO poderá taxar os proprietários dos navios que não estiverem dentro dos parâmetros estabelecidos. Tal medida impactará diretamente nos valores dos fretes.

Por conta disso, torna-se necessário atuar desde já para a conquista desses objetivos. Caso contrário, diferentes setores relacionados com o transporte marítimo podem perder a competitividade com as taxas aplicadas.

Impacto na Economia do Mar

Aqui no Brasil, o setor marítimo tem grande relevância para a economia nacional. Vale lembrar que cerca de 90% da exportação brasileira ocorre por navios, que trafegam com as cargas por longas distâncias em diferentes continentes.

Entre os exemplos, podemos destacar o agronegócio e o minério de ferro. Em um mercado cada vez mais competitivo, novas cobranças podem representar perda de espaço no cenário internacional e, claro, prejuízos significativos.

Uma grande preocupação diz respeito à utilização de um novo combustível nos navios. A grande dificuldade é encontrar uma opção sustentável e também viável.

A amônia, por exemplo, precisa ficar acondicionada em um espaço apropriado, a cerca de -60ºC. Aumento de espaço e de consumo e necessidades especiais de armazenamento podem inviabilizar determinados navios, assim como encarecerem o transporte.

Com o aumento do preço do frete, o comércio exterior brasileiro pode sofrer um grande impacto com prejuízos significativos refletindo em toda a economia nacional.

Por conta disso, o Brasil precisa acompanhar de perto todas as tratativas em discussão na IMO, assim como precisa reunir empresas, poder público e instituições acadêmicas tanto para se adequar ao novo cenário quanto para encontrar oportunidades.

Isso, aliás, demonstra a relevância do Cluster Tecnológico Naval para o desenvolvimento da Economia do Mar no País, promovendo a união de todos e buscando soluções viável para o setor.

Com esse propósito o Cluster Tecnológico Naval participa da coordenação do Seminário Internacional “Transição Energética no Mar: Desafios e Oportunidades” que será realizado nos dias 29 e 30 de abril, nos auditórios das sedes do BNDES e da FGV, no Rio de Janeiro, respectivamente.

O Seminário contará com a presença do Secretário-Geral da IMO, Sr. Arsenio Dominguez, representantes do Governo Federal, Estadual e Municipal. O evento será presencial e transmitido via YouTube com tradução simultânea em inglês e espanhol. Link para inscrição presencial: https://evento.fgv.br/transicaoenergeticanomar/?lang=pt

Para mais informações relacionadas com a Economia do Mar, acesse o site www.clusternaval.org.br.

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