Com a implementação de mais uma fase, agora o Open Banking evoluiu para o modelo
Open Finance. Entenda mais sobre o assunto e as vantagens do projeto para PJ
Fonte: Adobe Stock
Considerado um dos maiores projetos financeiros da história do Brasil desde a criação do Plano Real, o Open Banking evoluiu e, agora, encontra-se em um estado mais amplo e abrangente.
Com o amadurecimento, o sistema que permite o compartilhamento de dados pessoais e financeiros com diferentes instituições está em uma nova fase. Como parte do planejamento, esse processo evolutivo trouxe mudanças robustas e promoveu, até mesmo, a substituição do nome para Open Finance.
Mas, se o projeto é tão importante quanto o Plano Real, por que ainda é difícil para boa parte das pessoas entender como ele funciona e quais os verdadeiros benefícios?
Confuso isso? Os diferentes termos podem até causar essa primeira impressão. Mas acredite, é fácil entender o que é e, principalmente, quais os benefícios do Open Finance.
O que é Open Finance?
Apesar da grande relevância, os propósitos do Open Finance ainda são desconhecidos de muitos brasileiros. Diferentemente do Pix, que é um sistema de pagamento com utilização simples e que, por isso, rapidamente caiu nas graças do brasileiro, o modelo de sistema que permite e facilita a troca de informações entre diversas instituições parece algo até mesmo abstrato para alguns.
Para facilitar o entendimento da solução, torna-se mais fácil exemplificar. Imagine um cliente que há muitos anos possui uma conta corrente em um único banco.
Durante essa fase, esse correntista realiza diversas transações, construindo um histórico com a instituição financeira. Em uma determinada fase da vida, essa pessoa necessita de um financiamento ou deseja comprar um seguro de vida ou adquirir qualquer outro serviço financeiro.
Com isso, começa a pesquisar no mercado. Entretanto, como não tem histórico em outras instituições, acaba não sendo beneficiado com determinados produtos que podem ser mais apropriados e, até mesmo, mais baratos e vantajosos. Com isso, acaba optando pelo banco com o qual já está acostumado a trabalhar.
Mas qual o problema dessa escolha? Claro que o banco parceiro pode possuir produtos adequados e vantajosos. Entretanto, ao possuir as informações compartilhadas com outras instituições, é possível “abrir o leque” e conhecer outras opções, até mesmo com taxas de juros menores, por exemplo.
Esse é apenas um pequeno exemplo de como o Open Banking pode auxiliar na democratização do sistema financeiro, garantindo mais benefícios para pessoas físicas e, também, para as pessoas jurídicas.
As empresas necessitam com uma frequência maior de diferentes serviços financeiros. Com a troca de informações e a concorrência entre as instituições, torna-se mais fácil adquirir produtos apropriados, inovadores, vantajosos e mais baratos.
Essas diferenças refletem consequentemente no bolso das companhias que conseguirem utilizar essa solução como uma vantagem para o desenvolvimento dos negócios.
“O Open Banking surgiu com a finalidade de ampliar e melhorar a experiência do cliente. O sistema permite mais transparência no compartilhamento de dados. Ou seja, os consumidores poderão usar diversos serviços e produtos em diferentes instituições”, afirma Ingrid Barth, cofundadora e COO do banco digital Linker.
Do Open Banking para o Open Finance
Para quem acha que agora sabe tudo sobre o assunto, calma! Como já mencionamos, esse é um dos maiores projetos financeiros já desenvolvidos no Brasil. Dessa forma, sua implementação segue determinadas fases, o que traz à tona a diferença entre Open Banking e Open Finance. Em linhas gerais, um conceito é a evolução do outro.
Nas etapas iniciais, o Open Banking promoveu a abertura do sistema financeiro com a troca de informações entre as instituições. Isso facilitou a vida dos correntistas, que puderam movimentar com mais praticidade suas contas entre plataformas, comparar as empresas e, até mesmo, mudar para instituições que ofereciam mais vantagens.
Em uma nova etapa, o projeto ampliou a possibilidade dessa troca de informações e compartilhamento de serviços, indo além dos bancos. Agora, isso ocorre também com outras empresas, como varejistas, empresas de seguro, fundos de previdência, entre outras. A ampliação do projeto com esse leque maior de possibilidades e oportunidades permitiu a mudança de termo, surgindo assim o Open Finance.
É importante salientar que essa troca de informações não ocorre de forma descontrolada, à margem da Lei Geral de Proteção dos Dados, mais conhecida como LGPD. Muito pelo contrário. Por se tratar de um projeto robusto e significativo, exige um controle rigoroso sobre o compartilhamento das informações, assim como responsabilidades e punições para possíveis falhas.
O Open Finance é regulamentado pelo Banco Central. Dessa forma, todas as instituições que têm acesso ao sistema são reguladas e reportam suas atividades para a autarquia, que mantém um controle rigoroso.
Com isso, a pessoa física ou jurídica pode compartilhar com segurança seus dados com quem desejar e por quanto tempo quiser, podendo revogar a permissão a qualquer momento, sempre de forma transparente.
Vantagens e pilares do Open Finance
Essa cumplicidade entre PJ e instituições financeiras promovida pelo Open Finance garante a cada dia uma maior oferta de serviços e produtos diferenciados e personalizados, apropriados para as peculiaridades e necessidades de cada um.
Além disso, a troca de informações com as instituições promove a concorrência, o que gera outros benefícios para o cliente, como taxas menores, por exemplo. Em resumo: que vença o melhor!
De forma abrangente, o projeto permite ainda incluir mais pessoas ao sistema financeiro, reduzindo significantemente o grande número de desbancarizados que há no Brasil.
Portanto, o Open Finance beneficia principalmente o consumidor, com vantagens também para as fintechs e os bancos.
Entre os pilares do projeto, podemos relacionar três:
1 – Melhorar e ampliar o acesso aos serviços financeiros;
2 – Democratizar o crédito no Brasil, uma ferramenta considerada essencial para alavancar a economia, beneficiando de forma significativa as pessoas jurídicas;
3 – Melhorar a experiência do usuário com relação aos serviços financeiros.
Com um potencial gigantesco, o Open Finance ainda tem muito para crescer, indo além do crédito. Dessa forma, certamente encontraremos em breve a criação de novos modelos de negócios, diferentes de tudo que existe atualmente, garantindo uma melhor conexão e relação entre empresas, pessoas e instituições financeiras. Para a PJ, esse certamente é um benefício e tanto.
Para saber mais sobre esse e outros assuntos relacionados ao mundo das fintechs, acesse o site do banco digital Linker.