Será que realmente vale a pena participar de licitações? Acabe com as suas dúvidas
e veja como vender para o governo com responsabilidade e sem medo
Empresários negociando. Fonte: Adobe Stock
As licitações representam excelentes oportunidades para o desenvolvimento de qualquer empresa, conquistando contratos lucrativos com a comercialização de bens e serviços para o governo. Somente no primeiro trimestre de 2025, foi homologado o valor de R$ 31,4 bilhões, referente a 11 mil processos apenas no governo federal, de acordo com dados disponíveis no Portal de Compras.
Apesar disso, muitos gestores e empresários ainda possuem receios e restrições com relação ao assunto. Por não estarem familiarizados com o tema, deixam de lado uma “chance de ouro” para alavancar os negócios, de forma lícita e responsável.
Entre as principais preocupações está o risco de possíveis “calotes” com relação aos pagamentos. Até por conta de um passado não tão distante, com determinados casos divulgados na mídia, o receio é parcialmente justificável.
Entretanto, antes mesmo de esclarecer qualquer dúvida sobre o assunto, é importante deixar claro que as licitações são processos seguros e lícitos, à disposição de qualquer empresa, seja na comercialização de bens ou de serviços.
Hoje, até mesmo com a ajuda da tecnologia, ficou ainda mais fácil localizar as boas oportunidades e, claro, avaliar se os “clientes” são bons pagadores. Mas, como em qualquer negócio, o conhecimento especializado é fundamental e faz toda a diferença.
Mitos sobre as licitações
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) demonstra que mais de 50% desistem de participar de licitações por conta do excesso de burocracia.
Aqui já surge um dos mitos relacionados à comercialização de bens e serviços para o poder público. Ao se depararem com as diversas exigências, muitos imaginam que isso é uma barreira imposta exatamente para afastar a participação de todos.
Entretanto é exatamente o contrário. Para garantir a transparência, a legalidade e a igualdade nas licitações, torna-se indispensável estabelecer regras claras e rígidas para todos os participantes, com critérios, etapas, prazos e processos bem definidos.
O rigor desde o início gera segurança, eficiência e tranquilidade tanto para o comprador, que é o órgão público, quanto para os participantes e, consequentemente, para o vencedor da licitação em questão.
Existe o risco de calote?
Aqui surge também outro medo dos empresários quando o assunto são as licitações: será que o governo realmente vai me pagar, após o cumprimento das obrigações contratuais? Certamente, este receito é compreensivo. Afinal, calotes e até mesmo atrasos significativos nos pagamentos podem comprometer a saúde financeira de qualquer empresa.
Para acabar com essa dúvida, é preciso fazer a seguinte reflexão: ao vender um produto ou serviço para uma empresa do setor privado é recomendado avaliar se o comprador tem capacidade de cumprir com suas obrigações, não é mesmo?
Aliás, o mesmo cuidado acontece em qualquer compra a prazo parcelada ou no crédito. O diferencial aqui é que a operadora do cartão faz a análise antes de disponibilizar um limite considerado apropriado para o consumidor. Mesmo assim, existe um risco de inadimplência.
No caso das licitações, não é diferente. Dessa forma, o gestor precisa avaliar a capacidade de pagamento e a credibilidade de qualquer entidade pública antes de decidir participar de qualquer licitação.
Mas como fazer isso? Nesse contexto, a tecnologia entra em cena, atuando como uma ferramenta prática e valiosa para qualquer gestor.
Também conhecido pela sigla TT, o portal Tesouro Transparente, do Ministério da Fazenda, funciona como um “SPC/Serasa” das prefeituras brasileiras. De forma prática e de fácil avaliação, a página traz dados úteis e atualizados sobre a saúde financeira de qualquer município.
Entre as informações disponíveis estão: capacidade de pagamento (Capag), dívidas refinanciadas com a União, estatísticas fiscais, boletim de finanças, manual de análise fiscal, e outras.
Ao clicar no link “Capacidade de Pagamento”, por exemplo, basta definir o nome da unidade federativa e do município para visualizar a nota Capag da cidade, com os detalhes sobre a metodologia adotada para a atribuição de determinada pontuação.
Os dados são apresentados em tabelas e gráficos simples e de fácil entendimento e visualização, com explicações claras sobre o resultado. Por exemplo: uma nota Capag “B” é boa ou ruim? De acordo com a página, os entes federativos com classificação “A”, “A+”, “B” ou “B+” são “elegíveis a obter garantia da União a operações de crédito”.
O mesmo detalhamento acontece com diversas outras informações capazes de ajudar qualquer empresa a avaliar se vale ou não participar de licitações e, consequentemente, fazer negócios com determinado município.
Preparação adequada
Como já foi possível avaliar, as licitações são idôneas, transparentes e apropriadas para empresas de qualquer porte. Entretanto, exigem comprometimento e conhecimento dos participantes, evitando assim possíveis dores de cabeça.
Lucas Medeiros, CEO da Concreta Licitações – assessoria e consultoria especializada no assunto –, apresenta algumas dicas valiosas para as empresas se prepararem.
A primeira recomendação é verificar com atenção todas as obrigações de entrega do contrato pelo fornecedor, a fim de precificar adequadamente seu produto ou serviço.
Outro ponto importante é ler com atenção o termo de referência. “Apresentar um produto ou serviço em desacordo com a necessidade do órgão, além de ser uma perda de tempo, pode trazer multas ou até mesmo sanções administrativas”, explica.
Ainda de acordo com Medeiros, a empresa precisa cumprir à risca todas as exigências documentais. “Ficar atento a todos os documentos exigidos é crucial para não perder grandes oportunidades.” O especialista apresenta uma dica bem clara: “Prazo não se negocia”.
Em resumo: cuidado com determinados mitos. Afinal, licitações não são um “jogo de cartas marcadas”. Muito pelo contrário. O diferencial está em saber identificar as boas oportunidades, familiarizar-se com cada etapa, gerar propostas vencedoras e coerentes e, claro, aproveitar esse segmento para o desenvolvimento e crescimento sustentável da sua empresa.
É preciso ficar atento também com os “gurus” das redes sociais que prometem “soluções mágicas” e “fórmulas milagrosas” para vencer qualquer processo licitatório. Como já destacamos, as licitações são sérias e exigem comprometimento e profissionalismo. Caso contrário, os resultados podem ser catastróficos.
Para quem realmente deseja se preparar corretamente, identificando as melhores oportunidades, cumprindo todas as exigências e formatando as melhores propostas, com responsabilidade e ética, o melhor caminho é contar com uma assessoria de licitações. Certamente, o suporte de uma equipe especializada e qualificada fará toda a diferença nos resultados. Para saber mais, acesse o site: https://concretalicitacoes.com.br.
Conteúdo produzido por Lab Persona Estadão.