Especialistas explicam como a tecnologia e as habilidades humanas vão redefinir a busca por talentos no próximo ano

Gustavo Arantes, CEO da Kaptas. Foto: Paulo Fonseca / paulofonseca.art.br
Em meio a incertezas econômicas, disputas eleitorais, transformações tecnológicas e mudanças rápidas de rumo no Brasil e no mundo, os empresários encontram um cenário desafiador para 2026. Neste contexto, a superação deste e de inúmeros outros obstáculos no mundo corporativo passa pela “precisão cirúrgica” no processo de recrutamento e seleção.
As empresas que conseguirem navegar com eficiência neste “mar” vão driblar as tormentas mercadológicas e, consequentemente, garantirão uma importante vantagem competitiva.
Para conquistar este objetivo, torna-se indispensável conhecer e, principalmente, antecipar-se às tendências de recrutamento e seleção para 2026. Mas, na prática, qual a “dica de ouro”?
Na companhia de valiosos insights, as respostas para esta e outras questões relacionadas ao tema estão no e-book “Tendências 2026 de Recrutamento e Seleção”, elaborado pela Kaptas.
“Foi com esse olhar que construímos este e-book: para ajudar (o gestor) a entender as principais tendências de recrutamento e seleção para 2026 e oferecer reflexões práticas sobre como tomar decisões mais seguras e eficazes na hora de contratar”, explica Gustavo Arantes, engenheiro de produção e CEO da Kaptas.
Tendências de recrutamento e seleção
Os constantes avanços tecnológicos seguem promovendo mudanças significativas no mercado de trabalho, com o fim, a mudança e a criação de diversas profissões. Ao gerar benefícios e dúvidas, a inovação direcionou os olhares para a importância e a necessidade de desenvolver determinadas habilidades.
Dessa forma, o caminho para se diferenciar está em combinar o conhecimento humano indispensável com o suporte da inteligência artificial. Aqueles que trilharem com eficácia esse percurso complexo vão atrair e recrutar os melhores talentos, assim como se posicionarão alguns passos à frente das demais companhias, assumindo um papel de destaque no mercado corporativo.
Partindo deste ponto, fica mais fácil de entender as tendências de recrutamento e seleção detalhadas pelos especialistas no e-book da Kaptas, disponível gratuitamente para download. Entre as orientações e insights apresentados com detalhes no material, estão:
Durable skills e soft skills em foco
Apesar da elevada relevância, a automação e a inteligência artificial não substituem a capacidade humana. Muito pelo contrário. Hoje, o diferencial está na combinação perfeita entre esses elementos tão importantes para o sucesso de qualquer empresa.
Para os profissionais, portanto, o diferencial está no conhecimento. Mas o que isso significa? No mercado de trabalho, as durable skills se tornaram “moedas valiosas”, formando a base para a longevidade profissional.

Rafael Javarotti, especialista em gestão de mudanças e transformação organizacional. Foto: Vivian Koblinsky
“As hard skills estão em constante transformação. Já as durable skills são aquelas que permanecem relevantes ao longo do tempo, independentemente da função, da geração a que a pessoa pertence ou da ferramenta que está sendo utilizada”, destaca no e-book Rafael Javarotti, especialista em gestão de mudanças e transformação organizacional.
Combinadas a isso, as soft skills seguem com grande relevância. Nesta lista, podemos destacar habilidades como: boa comunicação, pensamento crítico, capacidade elevada para a resolução de problemas, colaboração, adaptabilidade, entre outras.
No atual mundo de algoritmos, o diferencial humano se manifesta em empatia, inteligência emocional, trabalho em equipe e resiliência, por exemplo.
Prova disso está no aumento em produtividade, com um ganho de até 25% constatado nas empresas que investem em comunicação e colaboração, segundo a Deloitte.

Alini Marquesi, diretora de Operações da Kaptas. Foto: Paulo Fonseca / paulofonseca.art.br
“Contratar apenas pelo currículo técnico não basta. Em 2026, os profissionais que se destacam são aqueles que sabem se conectar, colaborar, adaptar-se e liderar com propósito. As empresas que entenderem isso sairão na frente”, diz Alini Marquesi, diretora de Operações na Kaptas.
Dessa forma, a dica está em contratar por competência e não apenas pelo diploma, focando assim nas necessidades reais de cada companhia e na capacidade real do colaborador de supri-las.
“Em um mundo onde o conhecimento técnico muda a cada 6 ou 12 meses, um diploma obtido há 5 ou 10 anos pode não dizer muito sobre a prontidão de um candidato”, destaca Éder Ribas, recrutador sênior do setor de Finanças da Kaptas.
Atração de talentos
O entendimento sobre a relevância do conhecimento apropriado traz para o debate outro ponto muito pertinente: como conseguir atrair e contratar os talentos que possuem as habilidades necessárias?
Em um mercado competitivo, esse processo depende cada vez mais da correta definição de uma proposta de valor clara e autêntica. Também conhecido pela sigla EVP, o Employee Value Proposition vai muito além de salário e benefícios. Ela reflete (ou deveria refletir) a cultura, o propósito, as oportunidades de crescimento e a flexibilidade que a empresa oferece.
Para 2026, o diferencial estará na proposta de valor bem comunicada. “Quando entendemos e definimos claramente o EVP, torna-se muito mais fácil encontrar profissionais alinhados à nossa cultura. Prometer demais antes da contratação e não conseguir entregar essa proposta de valor no dia a dia do colaborador é uma das principais causas de turnover”, explica Priscilla Araújo, gerente de Recursos Humanos do Grupo Primo.
Nesse contexto, surgem os modelos híbridos inteligentes como uma evolução do trabalho remoto, ideal para quem busca o equilíbrio entre a autonomia do colaborador e a necessidade de fortalecer a cultura organizacional e a conexão humana.
Como prova da importância deste tema para a atração e retenção de talentos, levantamento da Fundação Dom Cabral constatou que a flexibilidade no trabalho é considerada como fator crucial para 76% dos trabalhadores brasileiros entrevistados.
“O trabalho remoto não está morrendo, mas sim amadurecendo. O que está em declínio é a ideia de “qualquer coisa vale”. As empresas estão buscando mais estrutura e clareza, enquanto os profissionais exigem mais equilíbrio e autonomia”, afirma Gustavo Arantes.
Certamente, empresas e profissionais precisam estar preparados para as mudanças, transformando desafios em oportunidades.
Portanto, para quem deseja conhecer todos os detalhes e sair na frente da concorrência, a dica é baixar gratuitamente o e-book Tendências 2026 de Recrutamento e Seleção, desenvolvido pela Kaptas.
