A fraude em boletos é um problema capaz de causar prejuízos financeiros significativos para as empresas. Só em 2023, foram registradas 9,8milhões de tentativas de fraude, segundo dados do Serasa.
Por se tratar de uma solução muito utilizada em transações B2B, torna-se um alvo para os fraudadores, que buscam na tecnologia caminhos para aprimorarem seus golpes.
Ao abordar o assunto, surge na imaginação a imagem do hacker, que utiliza de seu conhecimento para encontrar e explorar possíveis vulnerabilidades existentes em determinados sistemas.
Entretanto, o que muitos não sabem é que o problema ocorre em sua grande maioria em brechas nos processos adotados.
Entender essa situação, portanto, auxilia às companhias a corrigirem as falhas, eliminando de forma significativa a fraude em boletos.
Com tamanha relevância, este tema foi abordado durante o evento online Simplifica Talks+, que contou com a participação três especialistas no assunto: Ricardo Baehr, CEO da Plataforma Simplifica+; Ricardo Martins, Especialista em Cybersegurança, Cofundador e CTO da ResolveSec; e Guilherme Felipe Vieira, Advogado Empresarial e founder da VEP.LAW.
Processos e a fraude em boletos
Os fraudadores utilizam diferentes estratégias para promover a fraude em boletos. Para conseguir enganar os pagadores, eles misturam dados reais e falsos.
Após construírem um documento muito similar ao oficial, os golpistas utilizam diferentes canais para colocar o golpe em prática, como e-mail, SMS, WhatsApp, entre outros.
Portanto, a fraude em boletos, principalmente, no B2B envolve tanto a utilização da tecnologia quanto a necessidade de dados. Esse cenário criar a crença popular sobre vazamento de informações ou invasões mirabolantes de sistemas.
“As pessoas olham para isso e pensam: fui hackeado. Isso gera quase que uma análise psicológica da situação. Imediatamente, nasce o sentimento de não responsabilização pessoal”, diz Vieira.
Apesar dessa culpa generalizada a agentes externos, o especialista explica que alguns estudos demonstram que a maior causa de incidentes de dados pessoais está no usuário.
Dessa forma, é preciso desmistificar o tema, entendendo que, na maioria das vezes, o problema é fruto de um compartilhamento promovido pelo usuário, mesmo que de forma inocente.
“Eu acho que falta muito ainda para o brasileiro adotar a cultura de valorização dos dados, sejam eles pessoais de negócio. A gente ainda tem essa vulgarização do compartilhamento como uma estratégia, tentando se promover de formas que arrisquem o vazamento de dados”, destaca Vieira.
Responsabilidade da empresa
Então, por se tratar de falha de processos, qual a responsabilidade das empresas quando algum colaborador vaza alguma informação considerada importante para os fraudadores?
De acordo com Vieira, essa responsabilidade está muito relacionada com a empresa estar preparada e, também, estar ciente sobre o problema.
“Quando ela sabe que esse tipo de episódio pode acontecer, eu costumo dizer que a gente já tem meio caminho andado. E aí as implicações jurídicas podem variar, dependendo do vínculo que esse profissional tiver com a corporação”.
O especialista explica que a situação pode até mesmo gerar uma demissão por justa causa, podendo causar até mesmo responsabilização na esfera financeira.
“Mas um fato indubitável é que, diante de um incidente como esse, tem algo irreparável, que é a reputação da empresa, porque ela não tomou os devidos cuidados com relação a proteção dos seus dados”.
Importância da tecnologia
Como diz o ditado popular, é indicado combater “fogo com fogo”. Isso significa que a tecnologia também está presente na proteção dos dados armazenados pelas companhias.
Nesse caso, possuir um lugar para buscar informação segura pode ser considerado o melhor cenário para combater a fraude em boletos. “Uma vez que você tenha um canal para você fazer essa extração, a única dificuldade que você teria para educar seu time é fazer com que eles acessem o local correto”, explica Ricardo Martins.
Segundo o profissional, outras estratégias adotadas podem apresentar possíveis brechas. “Quando você faz essa troca de informação por e-mail, um e-mail pode ser comprometido. Tem a tecnologia do filtro anti-spam, que pode falhar a qualquer momento. Existe o erro humano, no qual você pode acabar cometendo algum deslize, e tendo essa fraude (do boleto)”.
Portanto, Martins acredita que ter um canal, um site ou uma plataforma apropriada é muito mais seguro e mais fácil de ensinar as equipes a trabalharem corretamente, evitando com mais facilidade falhas na segurança dos dados.
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