
No mundo digitalizado de hoje, onde dispositivos eletrônicos são essenciais para nossas vidas, o descarte inadequado de celulares e computadores se tornou uma preocupação crescente, vai além do impacto ambiental sobre o descarte incorreto do lixo eletrônico e atinge o medo das pessoas no que diz respeito aos dados pessoais e profissionais que frequentemente permanecem armazenados nesses dispositivos, sujeitos a riscos se não forem destruídos corretamente.
É preciso destacar que muitas pessoas negligenciam a segurança de seus dados ao se desfazerem de dispositivos eletrônicos. Dados sensíveis como informações bancárias, histórico médico muitos outros, podem ser extraídos de dispositivos descartados de forma inadequada. Preocupação que tem fundamento: segundo estudos, apenas uma pequena parcela dos dispositivos descartados tem seus dados adequadamente apagados antes da disposição.
Por isso, a economia circular propõe um ciclo de vida dos produtos que minimize o desperdício e maximize a reutilização de recursos. No entanto, o descarte correto de lixo eletrônico enfrenta desafios significativos. Muitos dispositivos acabam em aterros ou são enviados para recicladores informais, onde a separação de componentes perigosos e valiosos, como metais preciosos, não é realizada de maneira adequada. Isso não apenas desperdiça recursos valiosos, mas também representa um risco ambiental devido à liberação de substâncias tóxicas.
Descarte seguro de eletrônicos

De acordo com Marcelo Souza, Ceo da Indústria Fox e especialista em economia circular, é relevante se falar sobre os dados. “Por esta razão, é muito importante fazer o descarte com empresas estruturadas, pois estas seguem padrões elevados de qualidade, com atendimento de normas como a ABNT 15.833 (manufatura, reserva, aparelhos de refrigeração) e a ABNT 16.156 (resíduos de equipamentos eletroeletrônicos e resíduos para atividade de manufatura reserva). Gosto de dizer que reciclar um eletroeletrônico é como reciclar a tabela periódica, pois há muitos materiais. Para cada tipo de equipamentos existe uma composição única, por exemplo, refrigeradores contêm ferro, plásticos, cobre, alumínio, mas também óleo e gases. Ou seja, há muitos tipos de materiais, inclusive em alguns casos metais pesados como chumbo, lítio cadimo, entre outros”.
Para se ter uma ideia: de acordo com o The Global E-waste Monitor 2024, apenas uma fração dos resíduos eletrônicos é corretamente coletada e reciclada globalmente. No Brasil, iniciativas estão surgindo para melhorar a coleta e o tratamento desses resíduos, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Os números mostrados no E-waste Monitor 2024 comprovam essa informação: a quantidade de lixo eletrônico produzido globalmente chegou ao recorde de 62 bilhões de quilos anuais. Isso significa uma média de 7,8 quilos por indivíduo e, desse total, apenas 22,3% foram coletados e reciclados de maneira adequada e segura.
Indústria Fox
Localizada em Cabreúva, a Indústria Fox se destaca como um exemplo de boas práticas na reciclagem de lixo eletrônico. Marcelo Souza, à frente desta renomada Indústria, também é palestrante sobre o tema, autor de livros sobre economia circular e reforça “nossa abordagem não se limita apenas à reciclagem, mas também inclui a destruição segura de dados eletrônicos. Utilizamos métodos avançados para garantir que todos os dados pessoais sejam permanentemente eliminados antes da reciclagem dos dispositivos”.
“Portanto, além de conscientizar sobre os impactos ambientais do lixo eletrônico, é crucial educar o público sobre os riscos associados à exposição de dados pessoais durante o descarte. Iniciativas como as da Indústria Fox exemplificam como é possível integrar sustentabilidade e segurança de dados no ciclo de vida dos produtos eletrônicos, oferecendo um caminho para um futuro mais limpo e seguro. Esses volumes, são muitas vezes, em função do não descarte. Aqui, segue a relevância de limpar os dados ou descartar com empresas idôneas, mas também que muito do volume, são descartados de forma irregular, trazendo não somente o risco ao meio ambiente, mas também a eventual exposição a dados”, diz Marcelo Souza.
Para mais informações, acesse o site www.industriafox.com.br.