Em novembro de 2022, um caso chamou a atenção da população brasileira. Miguel, uma criança de 11 anos, ligou para a Polícia Militar de Minas Gerais para dizer que sua família não tinha nada para comer.
Casos como os do Miguel se multiplicaram nos últimos anos no Brasil. Ainda em 2022, após dez anos, o Brasil voltou ao Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas.
Moradores da Região Norte são os mais afetados por essa situação. 71,6% da população nortista sofre com a insegurança alimentar, enquanto 25,7% sofrem com a fome extrema.
Os dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), e divulgado em junho de 2022.
De acordo com o estudo, atualmente o país soma cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer. Entre 2020 e 2021, período mais crítico da pandemia, tiveram cerca de 14 milhões de pessoas a mais passando fome no Brasil.
Advogado promove ação para ajudar comunidades vulneráveis da Região Norte
Na região Norte, existem algumas iniciativas de combate à fome. Uma delas é o Programa Norte Sem Fome, idealizado pelo advogado Jonas Sousa, da Sousa Advogados.
Mensalmente, uma parcela dos seus honorários são revestidos em Cestas Básicas, que são doadas para famílias e comunidades vulneráveis.
Elas são entregues em cidades que possuem unidades do escritório. São elas: Macapá/AP, Santana/AP, Laranjal do Jari/AP, Belém/PA e Ananindeua/PA.
Além disso, o projeto também possui uma Vakinha Online, que conta com o apoio da comunidade e demais pessoas que desejam participar do projeto. Até dezembro de 2022, foram arrecadados R$28.263,21. Atualmente, a vakinha possui um montante de R$89.335,01.
\”A insegurança alimentar no Norte do Brasil é uma questão crítica que envolve uma série de problemas. A região enfrenta desafios relacionados à produção agrícola, infraestrutura de transporte e distribuição, acesso limitado a alimentos nutritivos e à falta de políticas eficazes para combater esses problemas. Isso resulta em dificuldades significativas para que as populações locais tenham acesso regular a alimentos de qualidade, o que afeta diretamente sua saúde e bem-estar. Medidas abrangentes são necessárias para melhorar a situação, incluindo investimentos em infraestrutura, promoção da agricultura sustentável e implementação de programas de apoio às comunidades vulneráveis.\” , disse Jonas.
Com ajuda de tecnologias brasileiras como o sistema ADVBOX, é possível fazer a gestão de volume dos clientes por meio dos honorários de forma que seja prática para ambos os lados.
Jonas Sousa destaca atuação da Embrapa na aquicultura
Além dos pontos citados acima, o advogado defende a pesca como uma das alternativas para combater a fome.
A Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que foi criada em 1973 para desenvolver a base tecnológica de um modelo de agricultura e pecuária genuinamente tropical.
A Empresa possui o Sistema Integrado Alternativo para Produção de Alimentos, conhecido como \”Sisteminha Embrapa\”, desenvolvido pela Embrapa Meio-Norte/ UEP Parnaíba, em 2011. O sistema segue um modelo agrícola sustentável, cujo qual se utiliza de aproveitamento de materiais disponíveis nas próprias regiões onde é implantado.
Advogado ainda destaca importância do aumento da produtividade agrícola para solução da fome
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea – o Brasil pretende, até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.
Nesse sentido, para Jonas Sousa, a melhor maneira de solucionar o problema da fome na região Norte é promover leis de segurança alimentar, encorajar a participação da sociedade civil e implementar programas de alimentação escolar.