A atuação de um headhunter na escolha de um conselheiro tem
algumas particularidades, o que diferencia dos demais cargos
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Responsável por identificar e selecionar os profissionais adequados para o aprimoramento do quadro de colaboradores de uma empresa, o headhunter ocupa uma função estratégica no mundo empresarial.
Com base no perfil desejado para uma determinada vaga, esse profissional promove uma verdadeira “caçada” em busca da melhor opção, o que interfere positivamente no crescimento das companhias.
Principalmente na seleção dos executivos, o headhunter utiliza conhecimento e um olhar clínico para identificar o talento necessário para um determinado momento ou necessidade da empresa.
Mas, e no caso do conselheiro, como funciona essa relação? Será que o headhunter consegue contribuir com um profissional com características tão distintas, que ocupa uma função de extrema confiança entre CEO, acionistas e diretores?
O que faz um headhunter?
Antes de delimitarmos a relação do headhunter com o processo de seleção dos conselheiros de uma empresa, torna-se necessário conhecer um pouco mais sobre a atuação desse profissional.
Na tradução literal do inglês, headhunter significa um caçador de cabeças. Em linhas gerais, esse profissional tem habilidades e conhecimentos necessários para buscar e encontrar profissionais altamente qualificados para ocuparem vagas específicas em uma empresa.
Normalmente, são profissionais experientes, com um amplo conhecimento do mercado, bem relacionados e com um bom poder de persuasão. Afinal, em alguns casos, conseguem negociar com um profissional de alta performance a transferência para uma nova empresa.
Entre os conhecimentos, sabe organizar com maestria um processo seletivo, promovendo as etapas necessárias para a identificação da melhor opção para a vaga disponível.
Headhunter e o conselheiro
Por conta das características já apresentadas, o headhunter atua como um valioso aliado das empresas e, também, dos executivos de alto escalão. Afinal, é ele quem faz a conexão entre os dois lados da moeda.
Dessa forma, muitos podem imaginar que o headhunter é o responsável por colocar todas as pessoas nas cadeiras dos conselhos, não é mesmo? Mas é aqui que muitos se enganam.
Claro que o headhunter tem importância em qualquer processo seletivo de vagas que envolvam o alto escalão. Entretanto, as peculiaridades da função do conselheiro acrescentam outros elementos que contribuem de forma intensa na definição do melhor nome para ocupar a cadeira.
Antes de mais nada, é preciso entender que o conselheiro consultivo é o profissional que opina e dá sugestões, indicando de forma estratégica os melhores caminhos para o desenvolvimento substancial e sustentável de empresa, sempre alinhado com as boas práticas de governança.
Dessa forma, é escolhido e contratado pelo fundador, presidente ou CEO de uma companhia, com o objetivo de apoiá-lo nas decisões.
“A atividade de headhunter é importante. Entretanto, definitivamente não é a mais relevante no processo de conquista de uma posição de conselho. Isso porque conselheiros são posições de extrema confiança e que exigem indicação e recomendação. Logo, o networking correto se faz necessário”, afirma Farias Souza, CEO da Board Academy, editech especializada na formação de conselheiros consultivos.
Por conta dessa particularidade, Souza acredita que conhecer empresários, c-levels e outros conselheiros é o que fará com que o candidato ao conselho possa ser indicado.
Características necessárias
Apesar desse diferencial inerente ao cargo que interfere significativamente na escolha do nome, é importante lembrar que o headhunter tem aproximação com os profissionais de alto escalão.
Dessa forma, muitas vezes é procurado para avaliar o perfil de um determinado candidato. Além disso, é comum o headhunter ser consultado sobre possíveis vagas disponíveis nos conselhos.
Portanto, não basta ser “amigo do dono” para ocupar um lugar no conselho. É preciso passar por um processo de avaliação criterioso. Afinal, a função de nível elevado exige determinadas habilidades comportamentais para a correta execução da atividade.
“As hard skills e a experiência profissional formam a base. Porém, são as soft skills que levarão alguém à posição de conselho e sua permanência”, orienta o CEO da Board Academy.
Como hard skills, considere os conhecimentos técnicos que podem ser comprovados por meio de certificados, diplomas e documentos. De uma forma simples de imaginar, são as informações utilizadas para a construção de um currículo, por exemplo.
Por sua vez, as soft skills são as habilidades pessoais do profissional, como boa comunicação, capacidade para gerenciar crises, flexibilidade, trabalho em equipe, proatividade, entre outras.
Por estarem relacionadas com as características pessoais e comportamentais, as soft skills não são facilmente identificadas. Por isso, existem determinados testes utilizados em processos seletivos, como os aplicados exatamente pelo headhunter.
Certificação X Indicação
No caso de um conselheiro, ficou fácil agora entender o valor das soft skills para o desempenho da atividade. Isso, porém, não reduz o valor da certificação.
Como os critérios utilizados na escolha do profissional são particulares de cada empresa, algumas consideram a certificação fundamental. Já outras preferem avaliar a experiência e as recomendações.
Então que caminho seguir? Certamente conseguir reunir o melhor de cada parte aumenta de forma considerável as chances do candidato.
“O fato é que um conselheiro certificado, bem relacionado e com uma boa caixa de ferramentas (conhecimento e experiência) será avaliado melhor”, destaca Souza.
Para quem deseja migrar para a carreira de conselheiro, aliás, é recomendado adquirir o conhecimento necessário com a ajuda de especialistas.
Por ser uma editech especializada, a Board Academy tem o conhecimento técnico e os contatos necessários nessa jornada, atuando também como parceiro de headhunters por indicações de conselheiros para as posições que estão trabalhando.
