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Dicas para artistas viabilizarem projetos com o grafite

Veja como os artistas encontram formas para viabilizar os projetos com o grafite, conectando suas ideias com as empresas e marcas corretas
Estadão Blue Studio Express
Conteúdo de responsabilidade do anunciante 27 de setembro de 2021

Muito mais democrático e espontâneo, o grafite não pode ser considerado apenas uma obra de arte. Isso porque os trabalhos conseguem interagir de uma forma dinâmica com o cotidiano das cidades e, principalmente, de seus habitantes. São mensagens transmitidas com criatividade através de cores e traços.

Com tanto potencial em jogo, os artistas precisam encontrar formas para viabilizar os projetos, conectando suas ideias com as empresas e marcas corretas. Afinal, é possível sim viver de arte, sempre respeitando a essência. Para isso, basta um projeto bem definido e o suporte necessário.

Projetos com grafite 

Mas como realmente conseguir fazer essa ponte com os investidores interessados em investir no grafite? Quais são os passos necessários? Qual o valor de um portifólio nessa jornada?

Para responder essa e outras perguntas, conversamos com Rubens Malheiro. Conhecido como Rubão, ele é diretor de estratégias e oportunidades da Longbsants Brasil, agência de publicidade com enfoque em arte urbana. 

1 – É possível afirmar que os artistas atualmente encontram espaço para desenvolverem o grafite e, consequentemente, serem remunerados por isso?

Rubão: Sim, hoje isso já existe. Popularmente é chamado como grafite. Mas em cenário mais macro, até mesmo mundial, é conhecido como mural. Essa arte tem um peso econômico tanto para a sociedade quanto para o artista que o desenvolve. 

Certamente, os grafites já são expressões reconhecidas por grande parte da população pelo valor cultural. Assim como para marcas e empresas, como forma de ativação de seus valores.

Atualmente, temos um cenário de artistas trabalhando para que cada vez mais isso se fortaleça, com iniciativas privadas, empresas e a própria publicidade utilizando dessa maneira de se expressar. 

2 – Quais as principais dificuldades encontradas pelos artistas para viabilizar seus projetos?

Rubão: Assim como em qualquer atividade econômica, o artista é um empreendedor. Com isso, existem muitas esferas a serem preenchidas. Dessa forma, a arte – que é o seu talento – fica em um plano de divisão com outras esferas. 

Por outro lado, muitas empresas ainda enxergam o grafite como uma atividade de ativação de marcas. É exatamente nisso que a Longbsants vem trabalhando. Mostramos para marcas e empresas os valores que estão por trás, assim como trabalhamos para os artistas cada vez mais documentarem isso como estratégia para desenvolvimento social e publicitário.

Passo a passo

3 – Quais os primeiros passos para os artistas que buscam viabilizar seus projetos?

Rubão: Certamente, o artista precisa ter a sua identidade bem estabelecida, e não apenas a oportunidade. Esse já é um grande passo. Assim como a tradicional pintura de quadros, a arte urbana carrega muito os valores de quem realiza obra. E isso o artista tem que ter. 

Segundo, é necessário ter uma visão de negócios e presença publicitaria. Isso porque é preciso não somente mostrar o valor cultural, mas também destacar as oportunidades expressas em suas obras.

Construir um site ou ter uma presença digital apenas como vitrine certamente permite expor o talento. Entretanto, levar os valores como oportunidades de investimentos para apoiadores ou investidores é imprescindível. 

4 – Qual a importância da criação de um portfólio para a conquista de espaço?

Rubão: Quase todo artista urbano tem sua identidade e talento reconhecidos por suas expressões. Quando falamos sobre oportunidades de mercado, porém, estamos dizendo em ter uma presença que possa mostrar o trabalho. 

E isso deve demonstrar não apenas o resultado final da execução, mas todo o processo e valores. Dessa forma, marcas e oportunidades também podem participar desse processo. 

Lembre-se: o portfólio vai além das redes sociais. Por isso, ele é muito importante. Quanto mais valores, mais oportunidades.

5 – Como é feito o trabalho para aproximar artistas dos consumidores de arte?

Rubão: Atualmente, a Longbsants realiza toda uma construção publicitaria para o artista em todas as esferas de comunicação, seja institucional ou comercial. Geralmente, deixamos o profissional livre em suas redes pessoais. 

Entretanto, criamos sites ou documentação necessária para todo o prospecto comercial do trabalho de grafite. Seja apresentando toda uma ação para o patrocinador ou até mesmo a visão de oportunidade comercial para o artista. 

Dicas importantes

6 – Assim como ocorre com as empresas, os artistas também precisam traçar o público-alvo?

Rubão: Sim e não. Isso porque a arte tem o papel fundamental de permitir uma democratização da mensagem estabelecida. Então, a questão do público-alvo é um termo muito utilizado para ações com foco efetivo.

Na minha opinião, um artista urbano tem que ter o foco em documentar e entender seus traços e identidades, estabelecendo assim um padrão que possa funcionar para um público-alvo de uma determinada ação ou marca, mas não do artista.

Assim, a sua essência em ser artista continua protegida de interesses ou objetivos que poderiam comprometer uma obra instalada.

7 – Qual a importância das redes sociais em todo esse contexto?

Rubão: As redes sociais tem um papel fundamental em qualquer atividade atualmente. No aspecto de artistas de rua, porém, se faz estritamente necessária. Isso porque muitas vezes é o único meio disponível para a propaganda de seus trabalhos ou ações.

Entretanto, o que percebemos muitas vezes é um trabalho voltado apenas para a exibição. Certamente, as redes sociais podem ser muito mais efetivas até no processo de prospecção do artista. 

É nisso que trabalhos, selecionado e criando campanhas que vão além das obras instaladas, demonstrando também as oportunidades que podem ser geradas. 

8 – O que não fazer ao tentar divulgar o grafite?

Rubão: A arte urbana e o grafite principalmente se encaixam bem em quase todas as situações. Entretanto, o básico se faz necessário. Dessa forma, é fundamental não se expor apenas para vendas ou ideais. Esse é o primeiro passo na nossa visão.

Segundo é não manter apenas um posicionamento ativista. Claro, que toda a arte urbana possui uma expressão. Entretanto, posicionar o trabalho apenas dessa maneira, mesmo quando importante, exige cuidado para não fechar a porta do bom senso.

Portanto, nunca deixe o bom senso de lado na hora de divulgar as ações e trabalhos. Isso porque tudo é muito mutável. Às vezes, hoje faz muito sentido, mas amanhã pode ser que não. 

9 – Para o grafite, qual a importância de contar com o trabalho de empresas como a Longbsants Brasil?

Rubão: A Longbsants é uma agência de publicidade. Ou seja: o nosso foco é promover ações que tragam retornos financeiro de marca. Por ser conectada e talvez exclusiva para a arte urbana, traduz a linguagem do artista para o ambiente comercial sem perder a essência ou o objetivo do negócio.

Nós damos a mesma força que um produto de uma grande empresa tem ao ser lançado a artistas urbanos, permitindo uma presença digital. Além disso, buscando a aproximação da imprensa e de oportunidades de negócios, seja construindo ou amplificando a comunicação do artista ou desenhando toda a operação de ponta a ponta de seus trabalhos, através de campanhas e produção digital.

Foto de cottonbro no Pexels.

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